sábado, 26 de agosto de 2017

MORTIFER RAGE - Fall of Gods (Álbum)


2017
Selo: Impaled Records
Nacional

Nota: 8,3/10,0


Tracklist:

1. Intro
2. Ethnocentrims
3. Religious Necrosis
4. The Hammer
5. Immolation
6. Tunisian Storm (Instrumental)
7. No Masters, No God
8. Doctrines of Death
9. Hate, my Offer
10. Redeption Blade
11. Genocide of Minds
12. Sword and Blood


Banda:


Carlos ‘Pira’ - Vocais, baixo
Robert Aender - Guitarras
Ramon C. - Guitarras
Wesley Adrian - Bateria


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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O que diferencia uma banda jovem de uma mais antiga?

Basicamente, as bandas de Metal, mesmo que evoluam muito, raramente deixam o estilo inicial. Ou seja: uma banda de Death Metal continuará sendo uma banda de Death Metal. Novamente: raros casos ocorrem em que há uma troca, mas se nasceu bruto, vai morrer bruto. E podemos aferir que o veterano MORTIFER RAGE, de Santa Luzia (MG) nasceu Death Metal e será assim até o fim. Mesmo com quase 20 anos de luta no underground, o que se ouve em “Fall of Gods” é a mais pura expressão do Death Metal Ols School.

Sim, estilisticamente falando, o grupo não mudou em nada seu estilo clássico, que remete à velha escola do Death Metal dos anos 90: sujo, agressivo, ora mais veloz e esporrento, ora mais cadenciado e azedo, mas sempre pesado e bruto como um mamute. Apenas se percebe que sua música (que tem clara influência das escolas bretã e norte americana) amadurece, se torna mais encorpada com o passar do tempo, mas sem perder a identidade traçada lá no já distante 1999, quando o grupo foi fundado. E com tudo, ainda esboça forte personalidade.

É ouvir e ver os ouvidos sangrando!

Produzido, mixado e masterizado por André Damian, podemos dizer que “Fall of Gods” tem uma sonoridade muito boa, e que transparece o DNA Old School do quarteto: crua e agressiva, mas com uma estética clara, ou seja, há a preocupação que o grupo seja compreendido. Pode não ser perfeita, mas a qualidade do áudio está muito boa.

A arte da capa é ótima, uma criação de Marlon Lima, que deixa clara a atitude lírica do quarteto. Já o design do encarte é de Marco Túlio Alves, que fez uma diagramação mais simples, mas funcional e que encaixa em todo contexto visual do grupo.

Se pudermos aferir uma palavra que traduza o que “Fall of Gods” representa ela é “maturidade”. Sim, o MORTIFER RAGE mostra-se mais maduro e consciente de seu potencial, buscando sempre ser diferente da maioria das bandas do estilo. E conseguem isso graças ao “approach” um pouco mais técnico, nos moldes de bandas como MORBID ANGEL e IMMOLATION.

Musicalmente, “Fall of Gods” é um passo adiante em termos de evolução musical, com destaque para a explosão de agressividade de “Ethnocentrims” e sua técnica brutal (boas mudanças de ritmo e um trabalho de primeira de baixo e bateria), a brutal e azeda como fel “Religious Necrosis” (riffs raivosos e cheios de sutilezas interessantes) e de “The Hammer” (ritmo alternando bastante, com ótimos vocais guturais), a força dos arranjos de guitarras presentes em “No Masters, No God”, a velocidade opressiva de “Doctrines of Death”, e as regravações de “Redeption Blade” e “Genocide of Minds” (ambas presentes do EP “Field of Flagellation”, de 2013).

O MORTIFER RAGE pode ser considerado uma instituição do gênero pelos anos de luta, e “Fall of Gods” os leva a outro patamar em termos musicais.

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