domingo, 13 de agosto de 2017

WARFIELD DEATH - Sucumbindo ao Medo (Álbum)



2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 8,2/10,0

Tracklist:

1. Brutal 
2. Vingança Infernal
3. Sucumbindo ao Medo
4. Mãos Fechadas Para Injustiça
5. Sangue Derramado
6. Mercadores da Morte
7. Uma Festa que Acaba em Funeral


Banda:



Marcos Paulo “Viking” - Vocais
Thiago “Madness” - Guitarras
Eduardo “Vysceral” - Baixo
Carlos “Death” - Bateria


Contatos:

Site Oficial: 
Twitter: 


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Quando se fala sobre o Nordeste do Brasil e seus nove estados em relação ao Metal, fica evidente que a região sempre foi rica. Quantos e quantos nomes relevantes do cenário brasileiro vieram de lá desde o início do cenário nacional, alguns nos estilos mais extremos do Metal, outros já caindo para o lado mais melodioso, mas sempre com bons trabalhos. E de Aracaju (Sergipe) vem o quarteto WARFIELD DEATH, formado em 2009 (ano em que também lançaram o Demo CD “Death”), e que agora, oito anos depois, vem com seu disco de estreia, “Sucumbindo ao Medo”.

A maior inspiração para a banda é o Death Metal tradicional dos anos 90, em especial a forma do estilo encontrada em bandas como CANNIBAL CORPSE, SIX FEET UNDER, e outros. O foco do grupo é em criar uma música azeda, abrasiva e agressiva, sem muitas complexidades. Os andamentos não são tão velozes, preferindo algo mais opressivo, embora existam momentos mais velozes aqui e ali. E sim, o trabalho do quarteto, embora distante de ser algo inovador, é de bom nível.

A produção não é extremamente burilada, mas em compensação, consegue transparecer bem o que o grupo quer de sua música. Todos os instrumentos estão bem audíveis, com cada um deles bem claro ao ouvidos e com timbres que lembram bastante o que se ouve em discos de Death Metal de 1990-1991 (uma boa comparação seria com “Realm of Chaos”, do BOLT THROWER). Mas poderia ser melhor, pois a crueza está um pouco além do necessário para o trabalho deles. E a capa é bem sinistra, algo que transparece bem o conteúdo lírico e musical do grupo.

Sem querer reinventar a roda, o WARFIELD DEATH mostra um potencial musical interessante. Os arranjos da banda são muito bons, e tem toda a probabilidade de fazerem algo ainda melhor de sua música, sem que a descaracterize.

Mas por agora, a insanidade opressiva de “Vingança Infernal” e suas belas variações rítmicas (baixo e bateria estão muito bem aqui), a porradaria sólida de “Sucumbindo ao Medo” (boas passagens das guitarras, com riffs bem intensos, que seguem as mudanças de ritmo perfeitamente), a brutalidade azeda e intensa de “Sangue Derramado” (curta e grossa, com vocais de primeira, usando boa diversidade de timbres), e a dissonante “Uma Festa que Acaba em Funeral” (belos arranjos de guitarras mais uma vez, em uma canção sólida e bem agressiva).

Seguindo por este caminho, o WARFIELD DEATH tende a conquistar ainda mais espaço na cena. E que venha a evolução a lapidar seu talento ainda bruto.

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