sábado, 26 de agosto de 2017

WEAKLESS MACHINE - Manipulation (Álbum)


2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 9,6/10,0

Tracklist:

1. Manipulation
2. Get Ready
3. Tarred With the Same Brush
4. Burning All
5. Death Knocks On My Door
6. Kill
7. Pain
8. Tribal Wars
9. Unbroken


Banda:


Jonathan Carletti - Vocais
Fernando Cezar Junior - Guitarras
Gustavo Razia - Baixo
Luke Santos - Bateria


Contatos:

Bandcamp:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


E eis que uma das grandes revelações do ano mostra a cara.

Vindo de Porto Alegre (RS), o trio WEAKLESS MACHINE já chega na voadora com “Manipulation”, seu primeiro álbum, mostrando que com eles, limites, estilos e definições só servem para serem pulverizados! Sim, eles estão a fim de fazer algo diferente, e estão querendo fazer troos bobos arrancarem os cabelos de raiva, recalque e inveja!

O rótulo Modern Metal lhes cai bem, mas nem de longe é capaz de explicar a imensidão criativa do grupo. Eles usam de tradicional, Thrash Metal, Metalcore, alguns toques de música regional brasileira, e seja lá mais o que for para criar uma música única, agressiva e cheia de melodia, mas agressiva, permeada por um Groove moderno e envolvente. Se me permitem fazer uma comparação, estamos diante do PRONG brasileiro. Sim, eles são bem diferenciados, não tem jeito. E sua música é agressiva, mas com melodias envolventes, cheia de energia e personalidade. É para bater cabeça até o pescoço doer!

Explicando em poucas palavras: é único e ótimo!

A produção sonora é de primeira, mais um trabalho excelente de Renato Osório (guitarrista do HIBRIA), que soube dar ao grupo uma qualidade sonora mais do que adequada para a música deles: pesada, intensa, azeda nos locais certos, mas cristalina, o que faz com que o ouvinte consiga absorver melhor o que essas caras fazem musicalmente. E os tons dos instrumentos estão ótimos, agigantando o trabalho deles.

A arte da capa é de Tiago Masseti, com uma imagem bem soturna e visualmente agressiva, uma clara referência ao futuro que aguarda a humanidade se continuarmos nesse caminho. E ela transparece a música do grupo.

Sem dó dos pescoços alheios, o WEAKLESS MACHINE veio para causar alvoroços (e queixas por parte dos “troos” haters de internet), pois o grupo simplesmente se nega a seguir padrões. Eles seguem apenas a intuição deles, e dane-se o que os outros pensarem. E nisso, eles criam arranjos fascinantes, pegadas bem envolventes e melodias ganchudas, mas sempre com uma agressividade de chega a pingar dos falantes.

O disco inteiro é ótimo, com muitos momentos que não saem da cabeça. Mas a agressividade bruta e bem arranjada de “Manipulation” (com doses de Groove percussivo bem evidente, onde baixo e bateria se destacam), as passagens opressivas de “Get Ready” e sua saraivada de riffs criativos e refrão marcante, a modernosa e veloz “Tarred With the Same Brush” e seu belo trabalho nos vocais e guitarras, a intimista e soturna “Death Knocks On My Door” (que mostra um lado ousado e bem sensível da banda em especial dos vocais mais melodiosos e com timbres limpos), o azedume moderno e explosivo de “Kill” (novamente, muito Groove e agressividade), e o espancamento turbulento e com guitarras sinuosas de “Tribal Wars” se sobressaem. E vejam que nesse disco, isso é algo muito difícil.

Ouçam, amem ou odeiem, mas admitam: o WEAKLESS MACHINE veio trazer algo novo, e se no primeiro disco já estão assim, mal posso esperar pelo sucessor de “Manipulation”!


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