sexta-feira, 22 de setembro de 2017

MUGO - Race of Disorder (Álbum)


2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 9,4/10,0


Tracklist:

1. Race of Disorder
2. Seeds of Pain
3. Corruption
4. Sanguessugas
5. Deliverance
6. Think Twice
7. Terra de Ninguém
8. Elo Quebrado


Banda:


Pedro Cipriano - Vocais
Guilherme Aguiar Leal - Guitarras
Faslen de Freitas - Baixo
Weyner Henrique - Bateria


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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Por conta da mente estreita que muitos vivem nos dias de hoje, o público do Metal tende a ver apenas 3 estados com cenas consolidadas: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas há muitos anos, isso deixou de ser uma verdade, já Sul, Nordeste, Norte e o Centro-Oeste. No último, Goiás tem se mostrado extremante fértil, e de Goiânia, vem o quarteto MUGO, um experiente grupo com 11 anos de muitas lutas no underground. E em testemunho de sua força, temos em mãos seu terceiro trabalho, o ótimo “Race of Disorder”.

Em termos de estilo, o quarteto foca suas energias para criar um Death/Thrash Metal insano e feroz. Mas diferente de muitos, o enfoque deles é moderno, brutal e pesado, aglutinando alguns elementos mais brutais e intensos, tanto que os menos acostumados sentirão dores de ouvidos agudas. Mas é empolgante e cheio de energia, com vocais que variam entre timbres mais guturais e outros esganiçados, riffs de guitarra trabalhados e com solos com boas doses de melodia, e uma sessão rítmica ótima, mostrando que baixo e bateria possuem boa técnica, mas são coesos e capazes de serem muito pesados. E juntem a isso um pouco daquele groove azedo e abrasivo dos estilos mais modernos.

Apocalipse feito música, é isso que o MUGO se mostra!

O produtor de “Race of Disorder” é Ciero da Tribo, e Francisco Arnozan cuidou da mixagem e da masterização. E assim, o nível da qualidade sonora é alto, valorizando o lado moderno e pesado do grupo, mas sem deixar que a agressividade da música afete a clareza sonora. E, além disso, os timbres escolhidos foram ótimos, em especial os das guitarras.

E tanto a arte da capa e layout ficaram de primeira, um trabalho excelente da Xtudo Obze Artwork, em que o uso de tons de marrom, preto e cinzento. Moderno e vibrante visualmente.

E moderno e vibrante também é o trabalho musical do MUGO, que mostra uma facilidade enorme em criar músicas agressivas e brutais, mas com aquela pegada ganchuda que nos prende ao trabalho musical do quarteto. Em termos de arranjos, o grupo caprichou, esmerando e polindo cada canção até estarem todas de alto nível.

“Race of Disorder” é daqueles discos que se ouve de ponta a ponta sem enjoar, e que se mostra bem homogêneo. Mas de suas oito músicas, o fluxo intenso de pura adrenalina de “Race of Disorder” e sua agressividade moderna (com um excelente refrão e belo trabalho das guitarras), o ritmo abafado e azedo de “Seeds of Pain” e suas ótimas incursões no Death Metal (baixo e bateria pegando pesado no grind), a rapidez “hardcorizada” e empolgante de “Corruption” e seus vocais rasgados (e se preparem, pois é moshpit certo), o peso cavalar e “grooveado” das guitarras de “Think Twice”, e o triturador de ossos moderno e arrebatador de “Terra de Ninguém” (curta e grossa, mostra vocais e base rítmica em grande forma).

O MUGO tem música demais para ficar restrito apenas a Goiás, logo, ouça “Race of Disorder” e percebam que mais uma banda de nível internacional surge em nosso país.

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