terça-feira, 7 de novembro de 2017

DR. GORI (03/11/2017 – Magé Tênis Clube – Magé/RJ)


Texto/Fotos: Marcos “Big Daddy” Garcia


Feriadões são complicados para o cenário musical, já que no RJ, é comum que grandes parcelas da população se desloquem para a Região dos Lagos do estado. Mas mesmo assim, o quarteto mageense DR. GORI fez sua parte e levou um bom público para as dependências do Magé Tênis Clube na quente sexta-feira, dia 03/11. O quarteto ainda aproveitou para fazer o lançamento oficial de seu DVD.

O público foi de pessoas que conheceram o trabalho de bandas locais como CENTRAL DO BRASIL, COMUM ACORDO, GOOX, ESTADO CRÍTICO e outros da segunda metade dos anos 80. Ou seja, pessoas que gostam do Rock Pop Brasil oitentista, e de bandas internacionais da época.


A noite estava agradável, o clima era quente (mas não sufocante), até que após as 23h00min, Jovani (vocais), Fábio (guitarras), Nideílson (baixo) e Marcelo “Uruba” (bateria) subiram ao palco e começaram sua apresentação.

O repertório do quarteto é composto de covers dos anos 80. Óbvio que o grupo possui canções próprias, mas deu ênfase a versões de bandas como ULTRAJE A RIGOR, LEGIÃO URBANA, BARÃO VERMELHO e outros. Acredito que, por ser um show comemorativo (lembrando: a banda estava lançando seu DVD), ou seja, uma festa onde se dispuseram a divertir o público e se divertirem, eles fizeram esta opção.

Ao vivo, a banda toda é muito coesa e se sai bem. Jovani canta bem, tem boa postura ao vivo e sabe se comunicar com o público, mesmo ponto forte do guitarrista Fábio (bom no que faz, se saindo bem mesmo nos momentos de improvisos). Nideílson é um ótimo baixista, toca bem, mas precisa urgentemente sair do fundo do palco, ser mais visto pelo público (timidez não faz parte do jogo, meu caro). Já Marcelo na bateria se sai muito bem, com boa técnica e segurando firme o ritmo.


O som estava bom, mas como o Magé Tênis Clube não possui a melhor acústica do mundo, o som da guitarra acabou ficando muito baixo. Sim, o som da banda estava claro, você conseguia ouvir os instrumentos, mas a guitarra estava baixa demais.

O show em si foi bem divertido e com uma boa dose de energia, com o público dançando ao som de músicas como “Por Que Que a Gente é Assim?”, “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, além de momentos de participação de metais em alguns covers de LULU SANTOS e PARALAMAS DO SUCESSO. Mas os melhores momentos foram quando tocaram “Último Romântico” e “Lanterna dos Afogados”.


Uma crítica bem pessoal: um setlist mais curto seria bem vindo, além de uma fórmula de 50% do repertório ser de musicais autorais do grupo, e 50% dele de covers. Eu sei que se não houver covers não dá público, pois conheço o público da cidade. Mas teríamos como fazer uma análise um pouco mais profunda.


No mais, uma boa noite, diversão garantida para quem lá esteve no show, dor de cotovelo para quem não foi, e uma alternativa de diversão para quem não quis ficar se espremendo em casas de praia ou hospedarias lotadas em busca de água salgada.


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