segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

APPICE - Sinister (Álbum)


2017
Nacional

Tracklist:

1. Sinister
2. Monsters and Heroes
3. Killing Floor
4. Danger
5. Drum Wars
6. Riot
7. Suddenly
8. In the Night
9. Future Past
10. You Got Me Running
11. Bros in Drums
12. War Cry
13. Sabbath Mash


Banda:


Carmine Appice - Bateria, vocais
Vinny Appice - Bateria

Convidados:

Jim Crean - Vocais
Paul Shortino - Vocais (ROUGH CUTT, ex-QUIET RIOT)
Robin McAuley - Vocais (MSG)
Chas West - Vocais (Ex-LYNCH MOB)
Scotty Bruce - Vocais
Craig Goldy - Guitarras (Ex-DIO, ex-GIUFFRIA)
Bumblefoot - Guitarras (Ex-GUNS N’ ROSES)
Joel Hoekstra - Guitarras (WHITESNAKE)
Mike Sweda - Guitarras (BULLETBOYS)
Erik Turner - Guitarras (WARRANT)
David Michael Phillips - Guitarras (KING KOBRA)
Tony Franklin - Baixo (Ex-BLUE MURDER, ex-THE FIRM)
Phil Soussan - Baixo (Ex-OZZY OSBOURNE)
Johnny Rod - Baixo (KING KOBRA, ex-WASP)
Jorgen Carlson - Baixo (GOV’T MULE)
Erik Norlander - Teclados (LANA LANE)
  

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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Embora não seja incomum ver parentes envolvidos no mundo musical, a relação Metal/Rock com a família nunca foi algo muito harmonioso. Mas em alguns casos, familiares próximos se dão bem dentro desse universo. E no caso singular dos irmãos Appice, o mais velho, Carmine (conhecido por seus trabalhos em bandas como VANILLA FUDGE, KING KOBRA, e com músicos como Rod Stewart e Ozzy Osbourne), acabou sendo aquele que levou o mais novo, Vinny (ele mesmo, que passou pelo BLACK SABBATH, HEAVEN AND HELL, DIO, KILL DEVIL HILL, LAST IN LINE e muitos outros) a seguir pelo mesmo caminho: a bateria. Mas estranhamente, os irmãos nunca haviam chegado a um trabalho conjunto até hoje. Mas agora, como “Sinister”, e sob o nome APPICE, eles finalmente estão juntos, dando uma aula de Metal/Rock. E a Shinigami Records deu aquela forcinha providencial e colocou o disco no mercado nacional.

Para início de conversa, em “Sinister”, o estilo musical é bem esperado: aquele sempre ótimo e melodioso Hard’n’Heavy de primeira, com refrãos ganchudos, harmonias de primeira, e uma completa despretensão musical. Isso, os Appice Brothers não estavam a fim de criar um clássico musical (e nem precisam, porque já tocaram em muitos), não quiseram renovar o gênero, e nem nada do tipo, mas apenas tocar livres de qualquer pressão. E é justamente isso que faz do álbum um disco essencial: sua espontaneidade.

Aliás, precisa de algo mais que isso para ser bom demais?

Carmine e Vinny, com toda experiência que têm, produziram “Sinister”, mas gravaram suas partes em locais diferentes (assim como os convidados), e sobrou uma batata quente para Steve DeAcutis, que mixou e masterizou o disco. E o trabalho dele é de primeira, pois conseguiu não só diluir as diferenças, mas deu peso e coesão às músicas, bem como a sonoridade é clara. A arte, assim como a música, é despretensiosa, sem aspirações revolucionárias, mas mesmo assim, muito bem feita, com todas as informações de quem tocou em cada uma das canções.

E se preparem, porque se tem uma característica que “Sinister” ostenta com orgulho é de ser aquele tipo de álbum que se houve vezes e vezes seguidas sem que enjoemos dele. É bateu, grudou, viciou! E um detalhe: eles tocam juntos!

Isso mesmo: eles tocam bateria juntos em todas as faixas, o que dá aquele toque de novidade ao disco!

São 13 pancadas Hard/Metal para nenhum fã botar defeito, todas ótimas, mas o embalo descompromissado e envolvente de “Sinister” (pegada pesada absurda), o toque acessível na pesada “Monsters and Heroes” (única com letra no encarte, uma homenagem ao Mestre e Herói Ronnie James Dio, e uma aula de emoção na voz de Paul Shortino), a quebradeira cadenciada e densa de “Killing Floor” (riffs de primeira) e de “Danger”, os duelos de bateria ouvidos em “Drum Wars” (exibição de gala dessas feras), o toque Blues/Country da hardona “Riot”, a ambientação mais introspectiva, embora pesada, de “In the Night” (um típico Hard’n’Heavy americano dos anos 80), as partes mais cheias de feeling e emoção de “Future Past”, o swing/Groove presente nos ritmos de “Bros in Drums” e em “War Cry”. Mas como é surpreendente a faixa “Sabbath Mash”, obviamente um medley do BLACK SABBATH, mas que vai deixar alguns surpresos por serem trechos de “Iron Man”, “War Pigs” e “Paranoid”, ou seja, nada da época em que Vinny tocou na banda, e parece um tributo ao Mestre Bill Ward e sua influência em todos nós.

Sinceramente, se o APPICE não lançar mais discos no future, vai ser um enorme desperdício, pois “Sinister” é um discão de primeira categoria!

Nota: 9,6/10,0

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