segunda-feira, 13 de novembro de 2017

TORTURIZER (Thrash/Death Metal - São Luis/MA)


Início de atividades: 2011

Discos lançados: Faceless (EP – 2016)

Formação atual: Luís Baldez (Guitarra), Willian Vieira (Baixo/Vocal), Wilton Vieira (Bateria)

Cidade/Estado: São Luís - Maranhão



BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?

Willian: Começou a partir da minha insistência em que meu irmão (Wilton) aprendesse algum instrumento para formarmos uma banda, eu já tinha tocado em algumas bandas, e queria algum projeto com alguém para que pudéssemos tentar seguir até o mais longe possível. Fora a admiração pelos irmãos Cavalera, que foi uma das inspirações para focarmos nessa união.


BD: Falem um pouco sobre este atual álbum. Como foi feita a parte de composição, gravação e lançamento?

Willian: O “Faceless” se divide em duas partes, tem três músicas que são mais antigas (“Torture Machine”, “Death Lights” e “Human Collector”), de quando ainda éramos quarteto, o quarto membro ajudou bastante nas composições que acabamos herdando, as outras três (“Death Emperor”, “Faceless” e “Carnivore”) já foram trabalhadas voltadas ao trio. A parte instrumental, sempre tentamos chegar a um consenso juntos, de qual riff vai ficar em tal local, e sempre somando as ideias, quanto às letras, geralmente, eu me fecho mais, e trabalho isolado com toda a ideia do instrumental criada. A gravação foi bem independente, fizemos todo o serviço num quarto de apartamento, o Luís comandou as gravações, e fez a mixagem e masterização também.


BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?

Willian: Acho que o principal, é falta de convite para shows, sempre tem alguém que diz curtir a banda, e não são poucos, e sempre nos cobram por quando vamos tocar, o problema é convidarem... As vezes você percebe que alguns tem prioridade, outros não... já corremos muito atrás de produtores de eventos para tentar conseguir algo, sem sucesso, decidimos dar uma pausa nessa forma de “pedir esmola”. Por enquanto vamos trabalhando aos poucos, e seguindo firme e em frente.


BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?

Luís: A cena local é muito rica em termos de bandas, são tantas que nem consigo cita-las, o maior problema é que nem sempre todas essas bandas estão tocando com bastante regularidade assim como nós justamente pelo problema citado acima por Willian. É bastante complicado você ter uma banda, gravar material (que não é NADA BARATO), divulgar ao máximo pelas redes sociais, ter críticas ótimas a respeito e não ter nenhum convite para tocar na sua própria cidade... Acredito que essa não é só uma realidade daqui (São Luís – MA) e sim em todo o Brasil...mas estamos aí continuando nessa luta assim como todas as outras bandas daqui e do Brasil a fora. Em relação a estrutura isso varia de casa (de shows) para casa, mas de um modo geral é muito boa sim, na grande maioria das vezes não temos muito o que reclamar e não me lembro de ter ficado na “mão” alguma vez (risos).


BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?

Willian: O Metal nunca vai morrer... Sempre vai haver uma banda ou outra com aquele som que bate fundo mesmo... Poderia citar várias novas que não tem nada a perder perto das mais antigas, não desmerecendo, mas as bandas atuais precisam de um pouco mais de atenção...

Luís: Também acredito que o metal nunca vai morrer! Quem realmente ama o estilo e sabe o que ele propõe nunca vai desistir de seguir em frente! Sei que não é fácil para bandas principalmente em se tratando de Brasil... mas existem ótimas bandas no mercado que estão se destacando cada vez mais, só precisamos sem dúvida nenhuma de uma atenção a mais dos produtores e do público principalmente para que essas bandas cresçam cada vez mais e se consagrem como um Iron Maiden ou Metallica da vida! É difícil mas não impossível!


BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?


Willian: União é tudo.

Luís: Como Willian já disse, união é tudo! Se público, produtores e bandas todos fossem mais unidos sem dúvida nenhuma tudo seria diferente.


BD: A banda já trabalha em um novo álbum certo? Fale um pouco mais dele para os nossos leitores.

Willian: Um álbum que está nos dando dor de cabeça (risos)... Estamos trabalhando bastante nele, liberamos há pouco tempo um lyric vídeo da música “Slaughterhouse”, que foi a primeira música composta para esse novo trabalho... Nossa pretensão é um debut com pelo menos 9 músicas, mas vamos ver até onde vamos chegar...

Luís: Tenho ótimas expectativas sobre esse novo material! Já temos muitas músicas e cada uma melhor que a outra... de vez em quando uma alteração ali outra aqui até sair “perfeita” aos nossos gostos! A demora maior acredito que seja porque não é nada barato gravar um CD e também porque cada um tem uma vida fora da música... mas vai sair! Isso é certeza (risos).


BD:  Além deste novo material, quais são os projetos futuros da banda?

Willian: Bem estamos tentando projetar algo para nos apresentarmos mais em 2018, fazer negociações ou algo do tipo, fora um clipe que estamos estudando todos os mínimos detalhes de como fazer e como vai ficar... Pretendemos aparecer mais no próximo ano (risos)..


BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.

Willian: Galera, Saquem no nosso som, disponível em várias plataformas, quem quiser trocar uma ideia pode mandar mensagem via Facebook, que sempre respondemos, estamos sempre por aí!!!

Luís: Primeiramente quero agradecer pela oportunidade de conceder a essa entrevista e segundo como de praxe, dizer para a galera sacar o nosso som que estar rodando por aí! E produtores, contate-nos!!!(risos).


Links para contatos:


Links para audição:


WARFIELD DEATH (Death Metal - Aracaju/SE)


Início de atividades: 16 de Julho 2009

Discos lançados: “Death” demo. “Sucumbindo ao Medo” full-lenght

Formação atual: Carlos Morte, Eduardo Vysceral, Marcos P. Viking e Thiago Madness

Cidade/Estado: Aracaju/Sergipe


BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?

Thiago Madness: A banda começou como uma reunião de amigos que viviam próximos e que gostavam de tocar, ou pelo menos tentávamos tocar. A vontade de expressar nossas ideias e tê-las compreendidas pelos outros foram o que nos incentivaram a criarmos uma banda e também porque achamos foda tocar e ouvir o som no volume máximo.

BD: Falem um pouco sobre este atual álbum. Como foi feita a parte de composição, gravação e lançamento?
           
Thiago Madness: “Sucumbindo ao Medo” é um compilado de várias músicas criadas no decorrer dos anos na banda. As que achamos que deveriam estar nele, nós as colocamos. Gravamos até uma música a mais, mas não achamos que combinaria com a proposta do “Sucumbindo ao Medo” e a deixamos de fora.

BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?

Thiago Madness: Há quase nenhum apoio. Existe essa rivalidade estranha entre o pessoal que compõe a cena que faz com que todos percam. Até hoje nunca tivemos nenhum patrocínio financeiro. Quase nenhum cachê. As vezes nem o dinheiro do transporte nós temos. Mesmo assim tocamos para a cena não parar. Procuramos produzir conteúdo em áudio e vídeo para que isso incentive a cena a produzir mais e assim todos crescerem e consumirem mais.  

BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?

Thiago Madness: Não há público suficiente para que seja economicamente viável produzir eventos aqui na cidade e no estado, assim a oferta se shows é baixíssima. Acontecem alguns, mas é pela insistência e determinação de quem organiza, de quem não quer ver tudo parar. Quase sempre a estrutura é precária. Teve um ou dois shows onde o retorno era bom o suficiente para nos escutarmos, mas quase sempre tocamos no “tato”. Sem alimento. Às vezes umas cervejas.


BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?

Thiago Madness: Acreditamos que há uma queda sim no interesse do público e na produção de metal com um todo, mas isso não quer dizer que é o fim. As bandas estão muito desmotivadas com o público, assim elas não produzem conteúdo. Estamos muito mal acostumados a não sairmos de nossas casas para um show, pois agora é muito mais cômodo ir à internet e assistir um show da sua banda predileta sentado no sofá de casa tomando uma cerveja que estava na geladeira a poucos passos de distância. Isso é muito bom, não substitui a experiência e o prazer de ir a um show e ter o contato direto com as entranhas das músicas sendo feita naquele momento. De conhecer outras pessoas que gostam das mesmas músicas com você. De conversar e aprender com os outros que também estão lá. Também há a triste ideia de que só prestam os sons antigos e assim não valorizam o som novo que está atualmente na estrada.


BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?

Thiago Madness: Falta publicidade. Falta gente participando. Nacionalmente o metal não está bem das pernas, dos braços, de tudo. Há muitas bandas boas que estão ativas atualmente, mas a mídia de massa praticamente monopoliza o estilo de música que será vista pelo público. Se o público não conhece o que é metal, como eles podem saber se se agradarão do estilo? Hoje é muito fácil procurar e achar ótimos sons de metal na internet, mas se não souberem que existe, como é que saberão procurar por isso? A meu ver o que precisamos fazer é produzir conteúdo de alta qualidade para incentivarmos o público a ir aos eventos e as bandas à produzirem mais conteúdo.

BD: Quais são os projetos futuros da banda?

Thiago Madness: Procuraremos produzir mais um videoclipe ainda em 2017 para fechamos com o álbum “Sucumbindo ao Medo” e assim partirmos para o próximo. Já temos uma ideia consolidada de como será o próximo álbum que começaremos a produzir em 2018 e que tentaremos corrigir tudo que nos foi exposto de erros em todas as resenhas que lemos até então.

BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.

Thiago Madness: Ouçam, assistam, participem e apoiem o metal da sua cidade. Sem público, não há banda que siga em frente.


Links para contatos:


http://sanguefrioproducoes.com/artistas/WARFIELD+DEATH/49 (Imprensa - Sangue Frio Produções)

Links para audição:


THREESOME (Rock 'n' Roll - Campinas/SP)


Início de atividades: 2012

Discos lançados: “Get Naked”

Formação atual: Juh Leidl (vocal/guitarra), Fred Leidl (guitarra/piano/vocal), Bruno Manfrinato (guitarra), Bob Rocha (baixo) e Henrique Matos (bateria)

Cidade/Estado: Campinas/SP



BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?

Fred Leidl: A banda teve início no término de uma banda chamada The Bugs em 2012. Eu estava compondo músicas desde 2008. Com o término da The Bugs, me juntei com Juh Leidl e Bruno Baptista para finalizar algumas músicas.O resultado surpreendeu e decidimos montar uma nova banda e chamar os músicos que faltavam para completar a THREESOME. O excepcional e virtuoso Bob Rock, que já era baixista da The Bugs, aceitou o convite e Rick veio logo em seguida assumindo as baquetas. Por volta de 2010, Fred Leidl e Juh Leidl assistiram um show do The Who cover em campinas, em que Rick estava substituindo o baterista da banda, o resultado foi surpreendente e marcante, tanto que depois de muito trabalho para localizar a extinta The Who cover e o baterista em questão, existia uma certeza de que esse era o baterista perfeito para nosso som.


BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?

Henrique Matos: São muitas hahaha. Falta de incentivo, pouco espaço na grande mídia e a cultura musical deficiente da população talvez sejam as maiores dificuldades.


BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?

Henrique: Apesar de contar com várias bandas boas, o espaço pra bandas de Rock autoral é pequeno, como em qualquer outra cidade do Brasil que conheço. Algumas casas abrem as portas pra esse mercado, algumas com boa estrutura, outras não, algumas pagam, outras não. Embora haja alguns festivais com apoio municipal, ainda é muito pouco. A maioria das casas do estilo acaba tendo o cover como carro chefe, pois é o que a maioria do público procura, mas algumas ainda mantêm o autoral na agenda, o que é louvável, pois o retorno financeiro é menor.


BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?

Henrique: Já faz mais de 50 anos que tentam matar o Rock. Desde que o estilo surgiu, quando foi colocado como uma moda passageira. O Rock e suas vertentes (Heavy, Hard, etc) não depende da grande mídia pra viver e se propagar. O ouvinte desses estilos não liga o rádio ou a TV pra ouvir música e não tem seu gosto musical definido por produtores da grande mídia. Existem muitas bandas novas boas, e festivais de sucesso voltados para o estilo pelo mundo todo. Quem diz que não tem mais bandas boas como antigamente e que falta criatividade, é por que tem preguiça de procurar. Hoje em dia uma banda boa dificilmente vai cair no nosso colo pela mídia. Temos que pesquisar.


BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?

Henrique: Na minha opinião, há motivos internos e externos que dificultam o desenvolvimento da cena. Externamente, o maior problema é a falta de educação e cultura, comprometendo a percepção musical da população. A arte, além de entretenimento, é um instrumento de conscientização e crítica. Obviamente, um governo corrupto não vai querer que a população seja educada, esclarecida, e com acesso a cultura, pois não quer ser questionado. Dessa forma, o menor incentivo e a falta de espaço na grande mídia dificulta o crescimento do Rock, ficando difícil de produzirem material de qualidade, que é caro, e geralmente sai do bolso do próprio artista, sem patrocínio. Internamente, é a desunião e segregação entre bandas e público de Rock/Metal, não prestigiando bandas locais. Criticam a sociedade, mas acabam agindo dentro da própria cena da mesma forma, com preconceito, ódio, desconfiança e falta de empatia. Uma cena dividida não cresce.


BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.

Henrique: Se divirtam, vão em shows de bandas novas, bandas velhas, desconhecidas, famosas... Abusem da sensação de conhecer algo novo que te faz emocionar, sem se prender a regras e ditaduras da moda.

Mais Informações: