quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

(*07/03/1969 - + 13/12/2017) - Warrel Dane nos deixou


Em geral, somos pegos pelas notícias ruins de assalto, e ficamos muito deprimidos. E como sempre cito, o Metal Samsara não gosta de dar este tipo de notícia. É triste demais...

No dia de hoje, 13/12/2017, chegou a notícia que Warrel Dane, lendário vocalista do SANCTUARY e do NEVERMORE, não está mais entre nós...

Um enfarte fulminante o tirou de nós em um momento em que ele estava no Brasil, gravando seu novo álbum solo, acompanhado de músicos brasileiros, os mesmos que o acompanhavam em suas turnês solo.


Em seus 48 anos de vida (veio ao mundo em 1969), dono de um jeito de cantar extremamente pessoal, Warrel Dane integrou o SANCTUARY, nos deixando clássicos como “Refuge Denied” e “Into the Mirror Black”, e posteriormente, o NEVERMORE, onde obras-primas como “Dreaming Neon Black” e “Dead Heart in a Dead World” nasceram de seu talento. Mas não devemos chorar ou desistir, mas seguir adiante. Tenho certeza que seria isso que ele iria querer de todos nós.

O dia é de luto, mas ao mesmo tempo, lembremos quão grande é a herança musical, as músicas que nos acompanharam em momentos de dor e alegria. Mesmo porque mitos não morrem, apenas despertam do sonho chamado vida para a eternidade em nossos corações...

Sentiremos saudades de ti, de seu talento, mas ao mesmo tempo, cada vez que uma de suas canções for tocada, você estará presente, conosco...

Marcos Garcia com Warrel Dane no RJ, no show de 2014.

OM SHANTI, Mestre Warrel Dane... Parta em paz, chegue à Luz, e obrigado por tantas alegrias….

Nevermore to feel the pain
The heart collector sang
And I won't be feeling hollow for so long
Nevermore to feel the pain
The words fall out like fire
Just believe when you can't believe anymore...” 
(NEVERMORE - The Heart Collector)

Fica o vídeo de “Future Tense”, primeira música em que Warrel canta e que me tornou fã dele...

CANÁBICOS (Metal/Rock Alternativo - Araguari/MG)


Início de atividades: 2013

Discos lançados: “La Bomba” (2013), “Reféns da Pátria” (2014), “Alienígenas” (2015), “Intenso” (2017)

Formação atual: Clandestino (vocal), Murcego González (guitarra e vocal), M.M.(guitarra), Mestre Mustafá (Bateria), Pablo Vieira (baixo)


BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda

Murcego Gonzales - A banda começou em 2013; eu e o Clandestino temos uma parceria nas composições há quase uns 20 anos, já haviamos tocado junto em outros projetos e estávamos com um disco gravado (La bomba), porém sem nome e sem banda. Foi quando tivemos a ideia do nome Canábicos! Apresentamos o material para os caras, sabíamos da competência e qualidade musical deles, fizemos o convite e estamos juntos até hoje com quatro discos já gravados.


BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?

Murcego - As dificuldades são várias, vão desde o lado financeiro até as oportunidades pra se tocar em eventos legais e bem produzidos. Gravar um disco de qualidade em um bom estúdio com um bom produtor requer investimento, os cachês provenientes dos shows ajudam, mas mesmo assim ainda temos que por a mão no bolso e completar (risos).  Ganhar espaço em grandes eventos e festivais também é complicado, tem muita banda de qualidade para pouco evento. Esse ano tocamos em alguns dos grandes como o Goiânia Noise, Festival Timbre e Festival Triangulice, todos com excelente público, estrutura e organização. Tocar nesses eventos é um dos principais objetivos e a grande recompensa.


BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?

Murcego - As condições aqui não são muito favoráveis, cidade pequena do interior (risos). Tem pouco espaço, pouco apoio também, apenas um pub com estrutura legal, mas a gente acaba organizando alguns eventos e festivais pra somar. Tocamos com uma certa regularidade pela região do triângulo mineiro, em outros estados os shows são mais esporádicos, mas essa frequência vem aumentando assim como o reconhecimento. Estamos bem satisfeitos.


BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?

Murcego - Acho muito injusto declararem o "fim do Metal" porque os grandes ícones deste estilo estão partindo. Suas obras continuam aqui, estão servindo e vão continuar sendo referência para várias bandas dentro do universo do rock/metal. Eu, particularmente, adoro ouvir sons setentistas de vários artistas que já se foram e usamos muito dessas referências nas composições do Canábicos. Entendo que é quase impossível criar algo que não tenha relação com o que gostamos de ouvir, os ícones se vão, mas o Metal, o Rock e suas obras ficam!


BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?

Clandestino - Acho que principalmente o apoio da grande mídia. A proporção e disseminação do rock/metal em rádios e emissoras é quase nula comparada a outros estilos musicais. O cenário sobrevive devido à persistência dos adoradores do estilo, das bandas e organizadores de eventos que fazem o que podem pra promover e vitalizar a cultura rock/metal.


BD: Deixem sua mensagem final para os leitores

Clandestino - Curtam bastante o Intenso, mas também podem se preparar para o nosso novo disco porque estamos nos esforçando muito pra que seja o ponto alto da nossa carreira até aqui! É Noise!


Mais Informações:
www.monstrodiscos.com.br


Veja o vídeo de “Planeta Estranho”: